CHALAÇA a peça

“Os processos que ocorrem no Brasil se dão à margem da história, e se história significa ‘tornar consciente’, os processos em curso no Brasil se dão à margem da consciência inclusive, ainda, do próprio brasileiro.” - Vilém Flusser
27.10.06

Acabou?!

25ª Apresentação. Bom público. Algumas pessoas queridas e especiais. Marcio Aurelio aparece depois de um bom tempo. Muda uma cena 5 minutos antes de começar o espetáculo. O mestre é sempre assim... O Gonza quase queimou a mão por causa disso, mas foi divertido.
Ele aprova somente as mudanças q ele mesmo cria... As nossas? Tudo ruim! Como sempre... E continuamos a nos divertir, pq a graça está nisso.
Foi uma bonita temporada no TUSP. Agradecemos todo o carinho e atenção do pessoal de lá: Kléber, Guilherme, Rogério... A menina da bilheteria, q esqueci o nome (sou uma anta mesmo!)... Gente q curte teatro e curte trabalhar no teatro. Ajudaram muito. GRACIAS! Lá fizemos 10 apresentações e completamos, como disse, 25 apresentações do CHALAÇA a peça. Queremos mais... Claro. Então, não acabou? NOPS!
Dia 17 e 18 estamos no Paidéia Associação Cultural. Adoramos o pessoal de lá. Onde fica: Pátio dos Coletores de Cultura - Cia. Paidéia de Teatro - Rua Darwin, 153 - Alto da Boa Vista - (ao lado do Shopping Boa Vista). Sexta e Sábado às 20 horas. TODOS QUE NÃO VIRAM, mais uma oportunidade! Depois, só no ano q vem.
De qq modo, rola um vazio depois q acaba uma temporada. A tal efemeridade aparece gritando. Dá vontade de deitar no sofá e esquecer tudo... Daí o corpo começa a mexer e dizer: se quer deitar e não fazer mais nada: MORRA! Então, a solução é levantar e começar de novo outra coisa nova e manter o q era novo ainda pulsando! Sei lá... Q venha Augusto dos Anjos.

"Arte ingrata! E conquanto, em desalento,
A órbita elipsoidal dos olhos lhe arda,
Busca exteriorizar o pensamento
Que em sua fronteiras células guarda!"

Só para ficar um gostinho do que virá na Última Quimera.

Não fiz jus aqui a outras três pessoas durante a temporada do TUSP. Paulo Oséas e Mariza Junqueira, Som e Luz. Que a vida seja sempre assim para nós, cheio de som e luz e fúria e chop! E o Brício. Ou Fabrício para os íntimos. Substituiu e o fez como sabe fazer: BEM! Olha a semente de girassol plantada!

Oh, lá no Paidéia teremos novas surpresas. Quem for verá! Anote na agenda!


"Nosso espanhol forte e sua especialidade"


"Brício Luz e Sombra"

21.10.06

And the Oscar goes to...

Só temos a agradecer os votos!

Sem essa difícil tarefa, o Paulo Autran não seria o que é!

Melhor Espetáculo Teatral Comédia
1. - O Avarento - 4779 votos
2. - Não Sou Feliz, mas Tenho Marido - 4398 votos
3. - As Turca - 1946 votos
4. - Chalaça – A peça - 986 votos

Melhor Direção Teatral Comédia
1. - Filipe Hirsch – O Avarento - 4489 votos
2. - Victor Garcia Peralta - Não Sou Feliz, mas Tenho Marido - 4001 votos
3. - Marcio Aurélio – Chalaça – A peça - 1053 votos

Melhor Ator Teatral Comédia
1. - Paulo Autran – O Avarento - 11023 votos
2. - Carlos Canhameiro – Chalaça – A peça 903 votos

Vamos q vamos... Em 2093 vamos levar todos os prêmios... Aguardem-nos!

Se quiser ver a todos os "vencedores", clique AQUI.

17.10.06

Soy louco por ti, America... na!

Pelo menos sabemos que o blogui tem leitores! Fiquei cá a matutar: calo-me ou me calo? Calar-me-ei só depois desse post!
O Xellinha já deu boas respostas aos comentários colocados... Eu acrescento. Enfim, tem sempre alguém a achar q tem algo a acrescentar... Antes, as informações da grande premiação do 10º Festival Nacional de Teatro de Americana.
CHALAÇA a peça concorreu a melhor ator (Carlos e Xella), melhor cenário, melhor figurino e melhor atriz (Paula e Débora). A Paula levou o prêmio com não sei mais quem! E foi só... Bem, a Cia. Les Commediens Tropicales tem uma postura muito claro sobre Premiações em Festivais: NÃO SERVEM PARA NADA! Repetem a lógica louca do capitalismo selvagem que individualiza os méritos e coletiviza os erros. Evidente q lemos o regulamento do Festival de Americana e sabíamos da premiação... Porém, sustentamos nossa opinião: mande os prêmios para a Casa do Chapéu e paguem uma ajuda de custo melhor e hospedem melhor os artistas selecionados... Todo mundo tem o seu fetiche pelo Oscar... Para nós... Não passa de MERDA!
Agora, vamos aos comentários dos leitores do Blogui:
Olha, explicar o q está escrito dois post abaixo parece uma “perca” de tempo, mas, vamos lá! Não temos nada contra Americana. O Post não fala mal da cidade... Dizer q faz calor... UAI, Cuiabá tb... E daí? O Hotel não é a cidade e o CD enroscou pq aparelhos eletrônicos têm dessas: falham sempre na hora H! Fomos a um bom bar, com um Frango ao molho de limão muito, muito bom! Apenas o cantor era de quinta! Não tínhamos dinheiro... Nem por isso deixamos de nos divertir! Agora, não falamos nada do público q assistiu... Leiam abaixo: “O público? Bom.” É só ler direitinho, igual bula de remédio!
Fazer mais e falar menos... Típica ação militar... FAZEMOS E FALAMOS... Afinal, não somos Commediens Tropicales à toa! Ah, para o nosso bolso a praça estava ótima e era muito do nosso gosto!
O Eduardo disse que “a diversão das pessoas que foram prestigiar o festival na noite da apresentação de CHALAÇA a peça, se equivale a bela diversão que vocês tiveram na cidade” – Uai, então essas pessoas se divertiram muito. Pq nos divertimos muito! E as fotos não mentem... E muito menos o texto escrito logo abaixo! Já a opinião sobre a nudez e o gosto nada refinado... Concordamos em gênero número e grau... Não dá para bancar cara de classe média com uma história tão vagabunda como a nossa. Só mostrando tudo às claras e sem nenhum refinamento para ver se as portas do inferno caem de vez e os mitos sejam retirados de seus pedestais de vento! Qto a qualidade... Ah... Somos Qualidade Brasil 2006... Tudo de bom!!!
Já um moço anônimo aproveitou a deixa e meteu o pau na cidade, na política cultural e no caralho a quatro! Ótimo... Isso mesmo... VAMOS TACAR FOGO EM ROMA!
Sei lá... Mas talvez valha a pena deixar claro q não temos nada contra a cidade de Americana... Que nos divertimos muito, antes, durante e após a apresentação e q sim, temos críticas e ressalvas à qualidade do Festival e sua Organização. Da próxima vez... Não tem próxima vez... É preciso aprender com os erros.
Amanhã estamos no TUSP! Assim segue a vida... Infinitamente!

10.10.06

PRÊMIO QUALIDADE BRASIL 2006


Olha só. Estamos lá! Vote na gente...

Clique AQUI e vote:

CHALAÇA a peça - Melhor Espetáculo Teatral Comédia
Marcio Aurelio - Melhor Diretor Teatral Comédia
Carlos Canhameiro - Melhor Ator Teatral Comédia

Aqui não precisa votar nulo!

Agradecemos os votos! E indiquem para os amigos! Aquela corrente para frente!

And the OSCAR goes to!

EM AMERICANA...

Reuniões políticas na casa de chá de Lady Bloomfield. Uma delas, às 5 da manhã.
Desconheço o conteúdo dessas reuniões.

X.
















































E o Festival?

Eh... Americacity... Calor da porra... Virgem santa, pode escrever palavrão? Uai, se pode dizer q é virgem e santa quem teve sete filhos... CHEGA! Calor... Parte do elenco saiu na sexta. A Michele pegou estrada pela primeira vez. Ah... Acho q pode rolar uma confissão pelo blogui. A Michele é uma atriz grávida, prenhe, interessada, embaraçada! Les Commediens Tropicales ampliando as fronteiras... Voltando a vaca atolada. Sexta, no Hotel Cacique. Xiiii, onde fica? Na praça. Onde estaciona...? Só deus sabe... Se sabe, não colocou placa. E daí, como era o hotel? Ave Maria, espécie em extinção. Um pulgueiro. Literalmente... O Festival deveria chamar menos grupos e desencanar do tal prêmio de primeiro, segundo e terceiro melhor espetáculo e hospedar melhor os artistas. Sei lá, dizem q não é bom reclamar... É antiético. Olha, sei não... Q era um pulgueiro, era. Quando tem pulga na cama, o q mais pode ser? A Pulga e o Percevejo... Lembrei da música. Esquece o Hotel. Jantar na praça, papo bom... É o q vale a pena, seja a alma pequena ou não. À noite, pecinha de teatro: A Freguesia da Fênix... Me calo. CERVEJA. Pausa para a sessão maldita. Nós amaldiçoando o espetáculo anterior (q sacanagem, q post impoliticamente correto!) a espera do próximo, da meia noite. Artaud Caligari – CINEMA MUDO no teatro. Dirigido pelo Incrível Hulk. Ah... No more. Sábado, café da manhã, FRIO! Almoço e montagem do CHALAÇA a peça. Os demais Commediens chegaram com cenário e afins. Seis horas para montar TUDO? Corremos... O qto era possível. O GONZA não faz chover, mas faz milagres. ESPANHOL FORTE! Só um técnico? Ah sim... caminha a humanidade! 20:05, Gonza ensinando a Luciana M. como operar a Luz... Ela quebrou um galhão... Os organizadores (tb conhecidos como Anjos – vai saber de onde!) apressando o início. Ameaçando a perda de pontos: HEIN? É desfile de escola de samba? Cadê a bateria do microfone...? Ah não, o CD começou a engasgar com a voz da Mariza, lá se foram as informações de q o espetáculo é baseado em fatos históricos: por mais incrível q possa parecer! ENTRAMOS, correndo, como sempre. O Jazz tocando e foi... O público? Bom. A recepção? Boa... O debate depois da apresentação? Aconteceu... Desmonta tudo. CANSAÇO. Mais cerveja. Cachaça. Músico de quinta tocando Raul Seixas? Vale tudo... Dançamos... Rolamos pela rua... Corremos na praça... Brincamos na grama... Pulamos no chafariz... Cantamos Alto: TÁ CAINDO FULÔ Ê! É NO CURRUPI, NO CURRUPIÁ! Cinco da manhã... CHEGA! Seis da matina, marteladas na parede! Reforma no Hotel! Junta as tralhas, levanta acampamento. São Paulo strikes back! Reunião no Lago Azul... Tudo azul... Nessas horas, meus amigos, só nos restam duas coisas: É NO CURRUPI... TÁ CAINDO FULÔ! Até o próximo Festival... Quarta a gente aparece no TUSP, só falta vc aparecer por lá!
Dia 14 tem premiação... Vamos ver o q rola... As fotos, coloco depois! Várias, uma delas, a cinco da manhã!

Crítica - Aguinaldo Cunha

CHALAÇA a peça

Aguinaldo Ribeiro da Cunha

Está em cartaz no TUSP (Teatro da Universidade de São Paulo), no antigo prédio da Rua Maria Antonia onde funcionava nos anos 60 a Faculdade deFilosofia, um interessante espetáculo montado por jovens atores egressos da UNICAMP: Chalaça, a Peça, adaptação feita pelo próprio elenco do premiado romance escrito por José Roberto Torero.

Este é o segundo espetáculo feito pelo grupo da UNICAMP, que adotou o significativo nome de Cia. Les Commediens Tropicales. A montagem anterior, de muito boa qualidade, e também sobre tema histórico, foi dirigida por Márcio Aurélio, um dos grandes diretores brasileiros contemporâneos. Márcio, agora, volta a atuar com o grupo nessa peça sobre uma figura de destaque da história brasileira, na época da vinda da corte portuguesa.

Torero recuperou em seu romance um personagem cativante: Francisco Gomesda Silva, cuja alcunha era o Chalaça. Nascido em Portugal por volta de1790, filho ilegítimo de um grande fidalgo e de uma camponesa, acompanhou a corte ao Brasil em 1808 e aqui tornou-se serviçal do Paço egrande amigo do príncipe herdeiro, D. Pedro, a quem acompanhava na vidaboêmia. Inteligente e culto, mas intrigante e ambicioso, aliou-se à Marquesa de Santos e seu grupo contra D. Leopoldina e José Bonifácio e,mais tarde, contra o Marquês de Barbacena, o último primeiro-ministro doPrimeiro Reinado. Durante todo o governo de D. Pedro, sempre agindo às ocultas, como eminência parda, o Chalaça favoreceu o partido português eabsolutista.

Perseguido pelo Marquês de Barbacena e por D. Amélia (a segunda imperatriz), o Chalaça foi exilado na Europa em 1830, nunca mais retornando ao Brasil. Reconciliou-se pouco depois com D. Pedro (após a abdicação do imperador), apoiando-o contra D. Miguel na guerra pela sucessão do trono português. No romance, - e na peça – o Chalaça casa-se com a imperatriz-viúva, D. Amélia de Leuchtenberg, mas nenhum historiador sério concorda com a veracidade desse casamento.

O tema é histórico, os personagens também são, mas não se pretendeu fazer História e, sim, encenar uma versão romanceada da vida e da época dessa figura original do Brasil do início do século XIX. A vida da corte imperial sob D. Pedro ressurge no palco, ainda que sem a preocupação da fidedignidade histórica.

Márcio Aurélio dirigiu um espetáculo atraente e instigante, de fácil interação com a platéia. Muito bem concebidos cenários, figurinos,iluminação, música – Márcio, como poucos diretores da cena brasileira atual, tem sempre um olhar moderno e original sobre o fazer teatral.

O elenco, jovem, compensa com garra e vigor o que lhe falta, talvez, em experiência. Esperemos que outras montagens interessantes da Cia. Les Commediens Tropicales se sucedam.

Para o público uma boa oportunidade de se ver bom teatro (numa linha afastada do grande espetáculo, mais próxima à linguagem experimental e alternativa) e de refletir sobre nossa história.

1.10.06

Votou?!

Votamos! O Chalaça? Não! Monárquico... Não sabia o q era voto.
De qq modo, a figura peculiar do primeiro império brasileiro aparece de quarta e quinta no TUSP até o dia 26 de Outubro. Para conhecê-lo, apareça!
Re-reestréia? Existe? Responda, Mixelana! Foi bom, espaço novo... Grande! Elenco novo... Quer dizer, um ator substituto. Da casa... Sempre de passagem... Sempre barco errante em busca de portos! Abastece e pica a mula!
Na quinta teve debate. Os alunos da Tia Mi. Lá da ELT... Eita q conversar sobre o q gostamos de fazer é papo para mais de hora, mesmo tendo só meia hora! Foi bom...
Quarta desta semana tem mais... Não importa se com ou sem segundo turno. CHALAÇA a peça vai até para a repescagem.
Sábado estamos no Festival Nacional de Teatro de Americana. Nosso primeiro Festival.... Q venham outros milhares...
Esse post está meio: a cumprir tabela. Igual a votar. Então, como o Debret: Calo-me. Vejam as imagens!

"O debate.."

"Nossos técnicos: Mazire e Paulo - O do meio é o Gonza!"

"Palco do TUSP - Aquecimento"

"Ator-Criador!"