CHALAÇA a peça

“Os processos que ocorrem no Brasil se dão à margem da história, e se história significa ‘tornar consciente’, os processos em curso no Brasil se dão à margem da consciência inclusive, ainda, do próprio brasileiro.” - Vilém Flusser
25.6.06

Silêncio

Ontem o público foi participativo. Comentou em voz alta. Pediu para acelelarmos as cenas. Respondeu as perguntas retóricas. Foi embora na cena das Reuniões. Ah, sim... Imaginávamos q o público pudesse sair antes do final da peça. Não pq fazemos questão desse tipo de coisa, mas pq sabemos q estamos mexendo com a sensibilidade comum das pessoas. Não estamos acima do bem e do mal, longe disso. É apenas um jogo de moleques para escancarar a BOSTA q é esse país e sua história. Sair no meio de um espetáculo é, na minha opinião, prova suficiente de q a arte é transformadora. É preciso decisão para abandonar aquilo q não se aprecia. E depois, assim espero, se questionar o porquê do abandono. Enfim...
Terceira apresentação, bom público, apresentação média. O teatro tem dessas coisas. Acontece todo dia. Todo o dia o sol se levanta... Só não sabemos quantas nuvens atrapalharão seu calor ou qtos prédios impedirão sua visão ou qtos olhos estarão cegos para apreciar o seu brilho.
Hoje o sol aparece de novo, às 19 horas. Q esquente, seja visto e brilhe eternamente nas memórias sem lembranças (plágio!).

QUATRO...

Os Comediantes Tropicales

24.6.06

Vídeos e outros

Tô adorando esse negócio de postar vídeos!

Ensaimos quinta no Nova Dança.

Tá aí um resuminho do que aconteceu.


Quem não foi, tem que ir!

Abraços
X.

Vai começar de novo...

Ah, sim! Lá vamos nós outra vez. Mais uma volta na roda gigante. Mais um final de semana com CHALAÇA! As pessoas tem reclamado do nome. Dizem: Chalaça? O q é Chalaça? Parece Chavasca... Parece. Mas é igual Denorex: não é!
Sim, temos mudanças. 1 virou 5. E o Xella e o Gonzalez realizaram sonho de infância! Não vou contar, tem q ver a peça para saber...
Isso é o bom do teatro: mudanças. SEMPRE! Pelo menos no teatro elas são salutares...
Ihhhhh, lá vem a esculhambação.
Blogui da pecinha, blogui da pecinha... Acho q vai ser legal esse final de semana. Sabe por quê? Porque a pecinha é legal! Bem legal. Super legal. Fiquei retardado.
Ensaiamos essa semana, duas vezes. É estranho voltar para a sala de ensaio depois de estrear. Ao mesmo tempo, um desafio. Puta frase vazia. É verdade, desafio entender q estrear é apenas parte do processo e q tudo pode ser muito melhor. Viver num é uma loucura?
Chega... Amanhã tem CHALAÇA a peça no Sesc Santana. Valha-me minha Sant´Anna. Q num faço a mínima idéia de quem seja.

Acabou a contagem regressiva. Agora vou de progressiva (chapinha!) até o final da temporada.

TRÊS... (hein?)

Oh... O Fábio... Tb conhecido como Thithola. Grandessíssimo Filho da Puta!

21.6.06

Mais um vídeo


Mais um vídeo. Agora sem precisar mudar de página!


Só para constar, hoje eu tomei café da manhã na minha casa, ou seja, outro ritmo...
Olhem aí embaixo um exemplo da alegria que foi apresentar domingo.




















Abraços,
Xella (que tirou a foto)

20.6.06

Depois da tempestade...

Na madruga se faz reuniões. Horários já complicados depois da estréia. O salão de festas do meu apê (tem um outro post sobre ele) deu lugar a uma reunião tropical iniciada por volta da meia noite de uma segunda ressaquenta de um final de semana esquisito. Atores tem merda na cabeça, não é possível... Decisões importantes sobre o futuro projeto e uma futura sede. Odes de louvor a Bia Svat, que quis caminhar ao nosso lado (ou cair, como alguns do grupo preferem).

Estréia ótima, porém flácidos aos domingos. Semana esquisita, saudades daquele ritmo de ensaio, de ver as pessoas praticamente todos os dias da semana. Ensaios solitários no banheiro de casa, para ver se eu decoro a porra do texto do Calimério da Cruz. E o pior que são três curtas frases e só, e eu não concateno uma na outra.

É isso.
"Vai aí"

























Aí em cima: Marcio Aurelio observando a montagem de luz na estréia.
Crédito: eu mesmo, Gustavo Xella

19.6.06

Maldita Lenda...

Ou Lenda Maldita.

Segundo dia. Quem não conhece a maldição q impera o teatro não sabe do estou a falar. Q buceta, por que o segundo dia tem q ser sempre...? Com cara de batizado de boneca, enterro de piriquito, reunião de GIJoe, punheta para catálogo da DeMillus...?
SACO.
A gente tenta... No meio do espetáculo, ganhar no grito, na força, na energia do cú... Mas num rola.
O Matteo Bonfitto diria q isso é falta de profissionalismo. Talvez seja mesmo.
A peça aconteceu... Mas sabemos fazer muito melhor do q fizemos.
A Michele caiu no camarim. SUSTO.
Amanhã tem reunião para tornar mais claro o projeto da Cia. Les Commediens Tropicales. 11 da noite... Amo muito tudo isso!?
"Passou. Não interessa mais do q um espetáculo."
Good Night and Good Luck.

18.6.06

Vídeo - teste

Vídeo de um ensaio nosso.


testando para ver no que dá...

COMO ASSIM?



Dia de estréia, step by step:

7:00 acordar.
8:30 o celular toca. "Carlos as gelatinas q vc encomendou não tem." Como assim? Não tem? Conversa por fone, o dono da loja fala pelos cotovelos, estou no metrô. PUTAQUEPARIU. Logo cedo. Fui dormir às 3 da manhã. Vai de gelatina genérica. Ah, gelatina é uma "folha colorida" que é colocada em frente ao refletor de luz.
9:00 chego no teatro. Tem feira do lado. Programa pronto. Alguns erros. TARDE DEMAIS.
10:00 começa montagem de luz. Do cenário (tvs penduradas). Os figurinos chegariam às 2 da tarde. Não dá para descrever todo esse processo com detalhes. Só posso dizer q terminou às 18 e 30. Nesse ínterim: documentos para o Sesc. Esqueci de comprar as gelatinas difusoras. O dono da loja traz até o teatro. O Marcio desiste das difusoras. Lista de convidados. Querem instalar um gerador. Ficar sem luz durante 30 min... O Allen chegou as 2. Montagem do som.
18:30 luz ok. Cenário ok. Figurinos ok. Som ok.
18:35 ensaiamos os agradecimentos. Erro, ensaio, erro, ensaio... Erro
18:50 dança das cadeiras. Repassamos. Agora tem figurino. Erro. Erro. Erro.
19:00 começa um passadão. Pára. Começa de novo. Pára. Maldito microfone. Todos cansados. "não vai dar certo"; repito comigo o tempo inteiro. Começa de novo. Agora vai até o final.
19:45 Larissa chega. Assistente de produção. Responsável pelos convites. Saio do ensaio. Preciso explicar a lista. Menina linda do meu coração. Volto. Chega o café no camarim. Não podemos comer. Estou sem almoço. Chega o café, outro. O do espetáculo.
20:40 Termina o passadão. Foi bom, mas foi estranho. MEDO. O Marcio desce para nos reunirmos no camarim. Vemos o vídeo do começo da peça. Legal. Mas, cadê o ADORNO?
20:47 todos no camarim. O Marcio senta. Não diz nada. Precisamos fazer a contraregragem para liberar a entrada do público. O Marcio fala: "merda". (entendam o sentido duplo da palavra).
21:10 os atores na coxia. Nervosos como nunca. CASA LOTADA. "Ou morrer pelo Brasil", começa.
22:40 aplausos e gritos. Todos de pé. CATARSE. Depois, champanha no camarim. Coquetel com amigos, famílias, pessoas queridas e desconhecidas. Particularmente estou feliz com todos "os meus" q vieram e todos "os dos outros" q também vieram. Foi lindo.
Teve erros, teve descompassos, teve improvisos. Mas no final, como sempre, deu certo. Não creio q sempre tenha q ser desse modo: tão violento e tão conturbado. Mas o teatro aconteceu. E aconteceu com poder. Ah, matéria efêmera q me toma e me arrebata. Não dura mais do q um espetáculo. Mas dura. Trabalho cumprido. CHORO.

Obrigado Les Commediens Tropicales. Obrigado Marcio Aurelio. Allen, Gabriel e Dani.

Hoje tem mais... Sempre tem mais.



As fotos falam por si!

FOLHA DE SÃO PAULO

"Chalaça" tenta limpar as lentes da história

Diretor Marcio Aurélio, de "Agreste", adapta romance de José Roberto Torero Peça, que estréia no Sesc Santana, lança olhar crítico ao passado brasileiro ao tratar da figura oculta do secretário de dom Pedro 1º

Lenise Pinheiro/Folha Imagem

VALMIR SANTOSDA REPORTAGEM LOCAL

"Como assim não cabe?", retruca um injuriado dom Pedro 1º diante de um escrivão com falta de espaço para deitar no papel aquele nome quilométrico do "defensor perpétuo do Brasil" martelado nos primeiros anos escolares: D. Pedro 1º é uma figura emblemática entre aquelas que não cabem em si em "Chalaça -°A Peça", que estréia hoje no Sesc Santana, baseada no romance "O Chalaça" (1995), do colunista da Folha José Roberto Torero. "A grande questão da peça é mostrar como o individualismo inviabilizou, e ainda inviabiliza, o desenvolvimento em todos os sentidos", diz o encenador Marcio Aurélio, 56.

É seu segundo trabalho consecutivo junto à cia. Les Commediens Tropicales, de Campinas, que adaptou o texto finalizado por um dos intérpretes, Carlos Canhameiro. A opção por um certo revisionismo histórico também era flagrante em "Galvez - Imperador do Acre" (2005), transposição para o palco do romance do amazonense Márcio Souza.

"A gente não foi treinado para olhar criticamente as coisas", diz Aurélio. Seu diagnóstico é de "analfabetismo funcional" do país quando se trata de "ler" o passado e a incidência no presente. Trata-se de "organizar as lentes para as diferentes realidades". "Pensadores como Darcy Ribeiro e Adorno já alertavam para a importância de chegar à raiz do mito, "matá-lo" para efetivar uma apropriação, uma renovação", afirma o diretor, o mesmo do premiado "Agreste".

Secretário de dom Pedro 1º, Francisco Gomes da Silva, o Chalaça, foi um personagem importante do Brasil Império, mas nutrido à sombra. É sujeito oculto, mas se fala dele o tempo todo. "Esse tipo de pessoa sabe de tudo o que acontece e pode fazer com que um governo inteiro caia quando revela a verdadeira face de alguns poderosos", diz Canhameiro, que arrematou a dramaturgia. A cia. Les Commediens Tropicales surgiu em 2002, junção de ex-alunos de artes cênicas da Unicamp. A consolidação veio no ano seguinte com "Terror e Miséria no 3º Reich", um Brecht montado por Marcelo Lazzaratto.

Além dos personagens da obra de Torero (imperatriz Leopoldina, marquesa de Santos etc.), a adaptação de "Chalaça" acresce referências da cientista social e política Isabel Lustosa, do Rio. Ela é autora de "D. Pedro 1º -°Um Herói sem Nenhum Caráter", livro no qual disseca outras figuras históricas, como José Bonifácio, Líbero Badaró e o pintor francês Jean-Baptiste Debret. Nessa "teatralidade da história", transcorre uma espécie de "CPI dos Nove", diz Aurélio.

São nove atores revezando os mesmos personagens, depoimentos plenos em tragicidade ou pura galhofa -um monitor de TV no palco reproduz imagens captadas em cena por uma câmara. "Eles promovem uma dança das cadeiras de salão, na qual as personalidades do poder mudam a bunda de lugar, mas continuam falando a mesma merda. É triste saber que isso acontece há séculos com o mesmo tacão [domínio tirânico]."


CHALAÇA - A PEÇA Quando: estréia hoje, às 21h; sáb., às 21h, e dom., às 19h; até 9/7 Onde: Sesc Santana - teatro (av. Luiz Dumont Villares, 579, tel. 6971-8700) Quanto: R$ 4 a R$ 10

17.6.06

MICROFONE

O Xella já falou... Temos o nosso 10º Ator. O MICROFONE.
Este post será curto. Amanhã: ESTRÉIA. Depois contamos como foi.
O q dizer do último dia de ensaio? Só falo se tiver um microfone.
Não foi um dia fácil. Compensações vieram no final da noite (mas não estavam relacionadas com o espetáculo!).
Que Baco e Dionísio (q são os mesmos, mas nunca é demais invocar os dois) estejam conosco.E q Apollo dê o ar da graça, para a balburdia ser minimamente organizada. ESPERO TODOS LÁ. Quem são TODOS?
Um, dois, três... Testando.

ZERO...

MERDA!!!


Sagrado e Profano: bem ao nosso gosto!

16.6.06

Corumbá on-line

Pra facilitar, cliquem aí e vejam mais uma reportagem sobre a nossa peça.

http://www.corumbaonline.com.br/noticia.asp?codigo=82418

Hoje? Eu atrasei uma hora inteira pra chegar no ensaio. A rua 25 de março fez as vezes de PCC e parou São Paulo. Como foi difícil chegar em Santana hoje! Ainda mais saindo da zona sul...
E como foi difícil ensaiar...Esporros de um mestre instigante e ensaio geral com a presença respeitável de um microfone. Outra peça, apesar de ser a mesma. Acho que vai dar liga.

Amanhã começa a temporada. Amanhã mostraremos o que estamos ensaiando desde janeiro e sonhando desde muito antes. Amanhã um ator, uma cadeira e uma luz que frita o côco diante de uma platéia de 350 lugares. Ai, já falei que meu estômago se revira?

Eu tenho tanto pra vos falar, mas com palavras não sei dizer...

É AMANHÃ!!! TODOS LÁ, HEIN?

Xella, que adora postar aqui...

BLOG DO TORERO

Chalaças

Um convite aos leitores deste blog. Estréia amanhã, em São Paulo, no Sesc Santana, às 21 horas, uma peça baseada num livro que escrevi há doze anos: “Galantes memórias e admiráveis aventuras do virtuoso conselheiro Gomes, o Chalaça”.

Já a peça tem um nome bem mais sucinto: “Chalaça”, deve ficar no Sesc Santana até a final da Copa e será encenada pelo pessoal da “Cia Les Commediens Tropicales”. A direção é de Márcio Aurélio, o mesmo da premiada “Agreste”.

Para quem quiser saber como foi o processo de criação da peça, há um divertido blog no seguinte endereço: www.chalacaapeca.blogspot.com.

Eu, infelizmente, não poderei estar na platéia. Mas estarei no palco. É que eles decidiram colocar o autor como um dos personagens da peça.

Tomara que meu interpretador não me faça justiça.

GUIA DA FOLHA

Marcio Aurelio adapta livro de Torero no Sesc Santana

O encenador Marcio Aurelio, com a companhia Les Commediens Tropicales, volta a adaptar um livro para o palco. Primeiro, foi "Galvez - Imperador do Acre", de Márcio Souza. Agora, é a vez de "O Chalaça", do escritor e colunista da FolhaJosé Roberto Torero, que inspira a montagem "Chalaça - A Peça", com estréia prevista para amanhã (dia 17), no Sesc Santana.
A trama aborda a figura de Francisco Gomes da Silva, o Chalaça, alcoviteiro e secretário do afogueado dom Pedro 1º.

ESTADÃO

Humor picaresco toma palco na CPI do Primeiro Império

Dirigida por Márcio Aurélio, Chalaça, a Peça, adaptação do romance de Torero, volta ao passado para entender o Brasil atual
Beth Néspoli

A CPI do Império. Essa é uma das associações sugeridas - seriedade e humor embutidos aí - pelo espetáculo Chalaça, a Peça, que estréia amanhã no Teatro do Sesc Santana, sob direção de Márcio Aurélio, com a companhia Commediens Tropicales. No palco, nove atores formados pela Unicamp dão continuidade à pesquisa iniciada com Galvez, Imperador do Acre, também dirigido por Márcio Aurélio.
Entre os aspectos dessa pesquisa estão a construção da cena a partir da literatura, e não de um texto dramático, e o desejo de pensar politicamente, no maior desse termo, a tentativa de entender as origens dessa construção cultural, econômica e social que poderíamos chamar a Nação brasileira. Desta vez, o ponto de partida foi a adaptação de O Chalaça, de José Roberto Torero, romance picaresco que tem como figura central Francisco Gomes Chalaça, braço direito de D. Pedro I. Mas o grupo acabou voltando às fontes históricas, entre elas, cinco biografias de D. Pedro I, destaque para a obra da cientista política Isabel Lustosa.
No palco, a trama de Torero foi eliminada, ficaram os personagens, desde um barbeiro, passando pela Marquesa de Santos, até a princesa Leopoldina. E ainda surgiram outros, como o pintor Debret e até Torero. Todos, cerca de 30, dão seus depoimentos sobre suas ações. O período abordado é o da vinda de D. João VI até o fim do Primeiro Império, mas basta a leitura do texto para que venham à mente inúmeras associações com os tempos que correm.
"Tudo é muito comezinho nesses depoimentos, pessoal, particular. Não há grandeza ou generosidade; as pessoas tidas como elegantes socialmente são grosseiras em suas ações", diz Márcio Aurélio. Ele criou um elemento cenográfico a um só tempo simples e muito expressivo: a conhecida dança das cadeiras. O fato de ocupar um lugar, ou deixá-lo, acaba sendo determinante no comportamento dos personagens e até na sua identidade. Há ainda câmeras apontadas sobre o depoente e monitores de TV reproduzindo essas imagens."
Como vem acontecendo nos últimos anos, há uma quantidade avassaladora de depoimentos no palco. É da distinção entre real e virtual que se pode criar alguma verdade. Fazer recortes, criar sentidos é responsabilidade do cidadão. Acho importante que um grupo de jovens esteja querendo falar de questões tão complexas e sérias." E na chave do humor.

(SERVIÇO)Serviço Chalaça - A Peça. 90 min. 14 anos. Sesc Santana (349 lug.). Av. Luiz Dumont Villares, 579, 6971-8700. Sáb., 21 h; dom.,19 h. R$ 10. Até 9/7

Quem foi o CHALAÇA?

Está difícil de escrever hoje. O cansaço realmente está me destruindo. Acabou a entrevista na Jovem Pan. Legal. Meia noite e dois atores e o músico (na ordem: Gustavo Xella, Paula Mirhan e Allen Ferraudo) mandando ver ao vivo as personagens da peça. Ah... A gente faz cada coisa! E sempre a mesma pergunta: quem foi o Chalaça? Sei lá, pergunta para ele! Ganhei o título de "El Hombre e las funciones tríplices", do livro de definições cartesianas do grande filólogo catalão: Calderón de Mejia. Q, tenho certeza, todos já ouviram falar.
Resumo do dia: ensaio de manhã no SESC. Vai ficar bom. Mas vai dar trabalho. Ah meu deus, e a filipeta (calo-me!). Muito calor. "Eu dei para D. Pedro I." Me pergunto: quem não deu? Ah, a fotógrafa do jornal inominável chegou atrasada. CLICK, Click, click... Foi-se... Agora, é esperar o jornal e acreditar na matéria. O Marcio falou com os jornalistas. Ele é o máximo!
Ensaio da tarde cancelado no Sérgio Cardoso. Vai entender... Então: ensaio no salão de festas do prédio do Xella. Rolou? Rolou... Mas não sem sua parcela de adrenalina e problemas. NÂO QUERO FALAR SOBRE ESSE ASSUNTO!
Agora, depois da entrevista, e-mails para acertar o próximo projeto da Cia. CHEGA.
Preciso realmente ir...

UM...

Olha o teatro? Guarda que belo! Visão da poltrona G1... Já comprou?


Quem é quem? Descubra e ganhe um ingresso.

Festa no lá no meu apê.

Hoje demos com a cara na porta que esteve aberta para nós desde janeiro. O senhor Sérgio Cardoso não pôde nos receber devido a um erro de comunicação entre eles e eles mesmos.

Sem pobrema (quem tem um pobrema tem dois!), o salão de festas do meu humilde lar serve de sala de ensaio. Não só desta maravilhosa companhia, mas de outros dois grupos também. Como tem ator nesta cidade!!

A gente quebra a cabeça para resolve um personagem, acha um caminho, investiga, aprimora e quando ele começa a dar resultado, o outro cambaleia e pede socorrro... Fazer esse treco chamado teatro é legal, mas dá um trabalho! Vejam, não assistimos o jogo do Brasil (o que, pelo jeito, não foi de todo ruim), trabalhamos no feriado e vamos trabalhar sábado e domingo a noite, quando todos estão se divertindo (menos o pessoal aqui do prédio, que é tudo ator também). Quem falou que artista é vagabundo mesmo? Ele tinha carteira assinada, né? Aposto...

Pra finalizar, escrevo este post, depois de dar entrevista na rádio Jovem Pan AM, em rede nacional. Minhas bobagens ganhando o mundo. Será que algum ET, a milhões de anos-luz da Terra, vai um dia, ouvir o programa? Minhas bobagens ganhando mundo, via rádio e via internet...

Deus! Eu sou proptestante! Não posso viver entre papagaios e idólatras!

DOIS! NÃO! HUM!


Senta aí e fala teu texto, mano!

É o Xella. (adorei esse blog!)

15.6.06

OUT OF ORDER

"Sou um homem de teatro... Blábláblá... Esse é um homem de teatro".
Poxa (hoje estou pudico), fazer teatro num é mole. E nem estou falando de construir o prédio (q tampouco é mole tb). Oh profissão complicada. TUDO EM CIMA DA HORA. Vixe, pode contar essas coisas no blogui? Ele foi feito para isso mesmo... Taí o Adorno, em cima da minha cabeça dizendo para destruir as portas do inferno (será q entendi direito?). Sim, por mais planejamento, cronograma, o escambau, parece q teatro de pexxxquisa é teatro das ações experimentais levadas até os últimos minutos antes da estréia. Ah... Ah... AHHHHHHH... As vezes cansa demais.
Sem reclamar. Muitas novas alterações. Frase estranha... Mas quis q soasse assim mesmo! O Marcio (mais uma vez) é genial. Companheiro, amigo, pai, conselheiro, carrasco, lúcido, louco, porra-louca!!! MESTRE!
Manhã, reconhecimento do teatro. SESC Santana. GRAAAANDE e aconchegante. Oh, vai ficar legal. A tarde: produção. Todo mundo. Entrega convite, cola cartaz, fala com rádio, assessoria, imprensa, secretaria de cultura... Será q o Secretário de Estado da Cultura vai? Acho q não... Mas é Prêmio Estímulo Flávio Rangel - 2005, do Governo do Estado de SÃO PAULO. Ah... Mas mesmo assim. Autoridade não gosta de teatro. Apóia, mas não assiste!
Parei. PAREI. To parado... Ah, ensaiamos a noite. Foi legal... Mas o cansaço começa a dominar... "Minhas vistas se escureceram, e o final da corrida chegou"! - PINTO? Conheço... Trabalhei para ele!

Fui...

DOIS...
Libélula esvoaçante em noite quente de verão!



crédito: Marinheiro Manso

Alô!? Teste!? Tá ligado?

Funciona!!!! Alguém lê isso? Se sim, logo vai perceber que não é o Carlos postando (15 palavras, e nada de útil até agora)...
Bom, vamos ao que interessa: reta final, meu povo!!! Ensaio de "reconhecimento de espaço". Não fizemos xixi nos cantos do palco, mas ficamos no camarim do Nasi (pelo menos, o nome dele tava lá na porta).
Stress, "estresse" e probleminhas técnicos, falta de comunicação e pouco tempo no palco... E ainda assim inventamos muita coisa legal! O Sesc Santana é lindo, o palco é enorme e aconchegante... Já deu saudades... Mas amanhã (ou hoje, para ser fiel ao relógio) tem mais.
Ensaio logo cedo, fotos para jornal (não digo qual, hehehe) com os figurinos, minha bota nova (ator com canela fina é foda), ensaio de tarde, ensaio de noite, e depois vou pra casa da namorada dormir pra ensaiar na sexta de novo (sim, existem pessoas no grupo que têm namoradas, e que curtiram o 12 de Junho).
Sábado tem estréia!!!! O mundo é caótico, mas o Teatro ainda consegue ser lindo!!!
Preciso dormir... As frases estão ficando breguinhas, e eu acordo cedo pra ir ensaiar.
...TRÊS... DOIS...
João. Sim, do grupo lescommedienstropicales (se vc falar o nome do grupo de trás-pra-frente, três vezes, na frente do espelho à meia-noite, vai parecer idiota...)

Santana fica logo ali.

Fomos hoje ensaiar, pela primeira vez, no Sesc Santana. Apesar do que dizem as péssmas línguas, fica perto. É verdade, juro. Apareçam um sábado ou domingo, do dia 17/06 até 09/07, lá para nos assistir e comprovem por si mesmos.

Aliás, o dia foi tão calmo, mas tão calmo, que nem nos estressamos. Nem com a estréia, nem com a situação no teatro e nem com nós mesmos. O que é raro, pois somos conhecidos como um dos grupos mais irritadiços da cidade de São Paulo.
Segundo um estudo elaborado pelo renomado sociólogo catalão Calderón de Mejia, intitulado "El Hombre e las relaciones teatrales tríplices", que versa sobre a capacidade de irritabilidade de um grupo de teatro, classificou a Cia. Les Commediens Tropicales ficou entre as 3 companhias teatrais mais estressadas da cidade. Qualquer ida ao Google comprovará isto.

É estranho também, pois a nossa estréia aproxima-se galopante. E isso gera sempre uma certa tensão em qualquer grupo de teatro. Vai entender... Acho que foi o poder calmante do bife à parmegiana deglutido em um infecto bar perto do Sesc.
É isso.

DOIS...eu tô calmo...calmíssimo! Num enche que eu já falei que tô calmo, pô!

























Esse foi do Xella...

14.6.06

Brasil 1 x 0 Chalaça

Jogo do Brasil? Não vi.
Ensaio das 09 da manhã às 10 e meia da noite. (10 e meia da noite parece horário da TV Cultura)
Dia longo, trabalhoso, desgastante e com sua boa parcela de CAOS. Mais do q o necessário, diga-se de passagem... Na verdade, diga-se para ficar, cansei das coisas como passagem. Só a casa da Lady Bloomfield. Mas lá, prefiro as Angolanas! - Ah, isso aqui num vai dar certo! IMPONENTE CARROSSEL...
Tá sem sentido de novo. Foda-se.
Amanhã, reconhecimento do espaço. Cada ator vai fazer xixi num canto do palco para q demarcar território. Oh, a Zezé, q caiu na entrada, é salvadora. Depois falamos mais da queda... E da Zezé.
Vou ficar por aqui hoje... Mais sucinto porque, como diria o sambista da velha-guarda da Catalunha: o tempo é igual ao Leão, urge!
Ensaiar muito também pode atrapalhar... Mas quando não tem remédio, qualquer panacéia serve. Hoje, estou pandego. “Eu sou Felicidade”. E viva os taxistas ébrios!

TRÊS - ai jesuis!


Zezé e a criança feliz e sua caixa de pandora

13.6.06

Valentine Day

Ah... Dia dos namorados... Ensaio? Até às 23 horas... Só três pessoas? Uma delas... Ah, deixa prá lá... Blogui errado!
DIA CHEIO. SEMANA DE ESTRÉIA. PUTAQUEPARIU.
Fotos profissionais em sala de ensaio pouco propícia. CONFERE.
Cena das Reuniões. Na corda bamba. Hino Português. Cena fica. CONFERE.
Enviar fotos para assessoria de imprensa. CONFERE.
Assessoria gosta das fotos. CONFERE.
Radio agendada, meia noite! CONFERE.
Almoço. NÃO CONFERE.
Cartaz. CONFERE.
Convites. CONFERE.
Ensaio. CONFERE.
Deus, eu sou protestante. NÃO CONFERE.
Está confuso, eu sei. O dia tem sido. Depois de ensaiar na parte da manhã, produção na parte da tarde, ensaio à noite. Agora, diante do micro, e-mails enormes para fechar o novo projeto da Cia. Les Commediens Tropicales. Sim, já estamos adiantados... Ana Miranda? Será?
Agora, vamos para a reta final. Cansados... todos... Felizes? Acho q todos!
Dormir. NÃO CONFERE.
Namorada. NÃO CONFERE... Mas CONFERE para outros do grupo! Esse assunto é pano para a manga de outro post!

QUATRO...

fp: eu havia prometido foto de mulher pelada. Ei-la!


crédito: Marinheiro Manso

11.6.06

Dois em Um

Porra. Ninguém postou no sábado e agora já é domingo, pé de cachimbo (pede a PQP!). Vai dois em um... Pacote fechado!

Mas, o q acontece num final de semana para colocar num blogui de uma peça q está para estrear? Vamoaí!
Sábado, assessoria de imprensa diz q as fotos são ruins. Toca achar um novo fotografo. Acha, o Manso (espero q seja), q vai na segunda de manhã, tirar foto de um passadão (olha, é um ensaio da peça inteira!) e entregar na segunda na hora do almoço para mandar para a assessoria de imprensa à tarde.
Q mais num sábado: ensaio individual, produção, tem ainda a divulgação: cartaz, e-flyer, amigos... O escambau.

E no domingo? Reunião às 10 da manhã, no Frans Café da Fnac para discutir projeto de Fomento e a semana da estréia. Sim, já temos nosso próximo projeto! Agora falta ser fomentado... Falta?
Uma baixa na Cia... Mas isso ainda não é papo para o blogui, só para depois da estréia, assim como o Fomento, q se nosso Pai de Cabeça, Calderón de Mejia, ajudar... Vamos ganhar! Não vamos?

Tá chegando...

SEIS, CINCO....


crédito: Gabriel Braga

9.6.06

Post diferente!

Olá,

Pra ninguém achar que só o Carlos é quem escreve por aqui, resolvi açoitar o teclado do meu computador e imortalizar as bobagens da minha cabeça (e o mundo sofre...).

Uma semana para estréia. Os nervos vão aflorando, as cenas vão se definindo, a divulgação começando a acontecer. Cinco meses sendo levados ao palco para uma platéia de 350 lugares, e o meu estômago não pára de se revirar.

Hoje, ensaiei com o Marcio Aurelio uma cena que estava empacada por algumas semanas. Os apontamentos e as dúvidas sempre instigantes fazem com que eu saia da sala de ensaio querendo mais, apesar do cansaço das últimas semanas.

Fui com a Dani (figurinista-cenógrafa-esposa) falar com a costureira que vai dar um help para a finalização dos figurinos. Estou me sentindo um estagiário, ajudando e palpitando em tudo. Ainda bem que não me colocaram pra trabalhar ainda. Sou alérgico à agulhas e linhas...

Já que o Carlos está a boicotar a nossa comunidade no orkut (vou ser sincero, é preciso ser uma vez na vida: ele não vai com a cara do orkut!), vou eu publicá-la aqui:

CHALAÇA a peça no orkut

Entrem lá, é tão diferente das outras comunidades do orkut...

Chega que eu já escrevi demais.

Vão nos assistir!

SETE...


Quem postou foi o Xella...

8.6.06

De Quinta...

Começo de ensaio discutindo artigo do Roberto DAMatta... Éticas brasileiras. Brasil e sociedade brasileira são opostos q se atraem mas nunca se encontram. Pode, começar uma quinta com Adorno, Darcy Ribeiro, Isabel Lustosa, o punheteiro oficial de D. João VI e Mary Corner? Mary Corner... Maria da esquina... O país de quinta.
Coragem... É precido coragem... Palavras do Mestreaurelio. Já são 5 meses de ensaio. 6 meses de projeto, muitas armadilhas, contra-tempos, crises, alegrias, teatro-teatro-teatro-teatro.
Hoje terminamos a dramaturgia cênica. É simples (até onde simples pode significar simples!), mas dá um certo trabalho pq envolve toda a linguagem q pretendemos com o espetáculo. Estamos a correr (como bem gostam os portugueses) risco! Mas, devotos que somos de São Calderón de Mejia, em seu tempo, tudo dará certo.

Ah, as fotos de mulher pelada? Prometo no próximo post... Por enquanto, divirta-se com o espetáculo! Ou melhor, com os ensaios!

OITO...

7.6.06

Ator-Produtor!

Quarta não tem ensaio. Pelo menos, não coletivo. Dia de produção. Sim, a anta q escreve neste momento assumiu (por que quis!) a produção do espetáculo. Estou de pé desde às 5 da manhã. Ida para Campinas. Papo com o Marcio Aurelio às 9. Acertar o Blogui (várias pequenas mudanças), acerto do texto para divulgação, fotos, logotipos, apoiadores. Hoje confirmei o PIOLA. Nesse meio tempo, reunião do trabalho (outro, q não tem nada a ver com teatro!). Secretaria de Cultura, informar da estréia, divulgação, estudar o texto (sim, produtor-ator!). Volta para São Paulo. Mais uma porrada de coisa, como colocar esse post antes do dia acabar enquanto imprimo um texto do Estadão q o Marcio pediu e como uma pizza requentada! Vida de ator, uma delícia.

Não vou me alongar hoje. Ainda tenho trampo para fazer: Cartaz? E-Flyer? Convite? Convidados?

Próximo post começo a colocar mais sobre o elenco e artistas envolvidos. Ou eles mesmos se apresentarão pq o Blogui será escrito por todos!

Ah, não tô reclamando da vida não. Tá bom. Tá bom demais... Agora é só esperar o dia 12 passar!

NOVE...


crédito: Daniel Gonzalez

6.6.06

Contagem Regressiva

Deus meu, mais um dia de trabalho... Muito trabalho. Mudanças, renovações, alterações, criações, discussões, descartes, engates, SORRISO? Sempre!

Isso porque estamos há apenas 11 dias da ESTRÉIA! Aí, Jesus.

O Blogui num é para ficar lamentando! Só para constar, há 11 dias da estréia, mudamos - novamente - grande parte da dramaturgia cênica. São 09 atores. Uma hora e meia de espetáculo... É mudança q não acaba mais. A dramaturgia "clássica" - (como diria o grande playwriter Calderón de Mejia), já está, assim... Terminada. Muitos depoimentos q colocam o ator numa enrascada gostosa. Vc, um banquinho e porra nenhuma de violão.

Sem puxa-saquismo, fica aqui a menção justa: Marcio Aurelio é gênio, é amigo, é mestre e é Paizão. Abaixo, uma série de fotos do ensaio de hoje. Deleitem-se!

DEZ...

5.6.06

CHALAÇA a peça

Cia. Les Commediens Tropicales apresenta:

CHALAÇA a peça
Encenação: Marcio Aurelio
Baseado no romance O Chalaça, de José Roberto Torero.

Estréia dia 17 de junho (sábado)
21 horas - Sesc Santana (olha, mas não desce na estação Santana do Metrô, desce na Jardim São Paulo q é mais fácil)
Em cartaz até o dia 09 de Julho (final da COPA - Ninguém merece), todo sábado (21h) e domingo (19h).

Oh, o blogui vai trazer um monte de informações sobre a peça, elenco, encenação, música, figurino, cenário, mulher pelada (vixe, tem que ter senão ninguém entra!) e comentários todos os dias sobre como andam as coisas antes, durante e depois da estréia.
Não vou escrever muito porque o tempo urge (nem o Pasquale sabe o q significa URGE!).

Só aviso aos interessados: esse blogui, mesmo com cinco meses de atraso, vai refletir sobre uma questão importante: (pode colocar dois pontos duas vezes na mesma frase?) A questão importante: Literatura Brasileira, Cena Épica, Ator Contemporâneo, dá samba?

Esse espetáculo é fruto do Prêmio Estímulo Flávio Rangel - 2005. Vamos falar muito disso aqui tb. Como um prêmio pode alavancar a pesquisa de um grupo teatral.

Agora fui. Fiquem como uma foto do espetáculo. Aguardem mais notícias amanhã!


crédito: Daniela Elias / Gabriel Braga